CÂMARA MUNICIPAL DE ALAMBARI


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A Cidade

História

A origem do antigo Distrito de Paz de Alambari, outrora pertencente ao município de Itapetininga, data de 1820.

Naquela época, o major Domingos Afonso, residente na cidade de Itapetininga,empreendeu viagem para Guaratinguetá, acompanhado de sua esposa e de seu filho menor, de nome Afonso.

Ao atravessarem um lajeado, o pequeno Afonso caiu do animal em que viajava, fraturando o crânio e ficando desacordado por muitas horas.

O inditoso casal, desesperado e aflito, julgando que seu filho morreria devido à falta de recursos, volveu os olhos para o céu, implorando a Deus que o salvasse. E unindo à súplica o voto, Domingos Afonso e sua esposa comprometeram-se a erigir um modesto templo sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Alambari, se o seu filho recobrasse os sentidos e se restabelecesse da queda que levara.

Operou-se o milagre. O pequeno Afonso recobrou os sentidos, ficando, logo depois, completamente restabelecido, o que permitiu à caravana prosseguir, alegre e contente, na sua longa e penosa jornada. Mais tarde, os pais de Afonso internaram-no em um colégio na cidade de Itu, recomendando-o ao Padre Elias do Monte Carmelo.

Concluídos os estudos preparatórios, isto em 1830, Afonso seguiu para São Paulo,matriculando-se no seminário.

Ordenado sacerdote, voltou o jovem Afonso para Itapetininga, onde oficiou pela primeira vez,no dia 04 de outubro de 1836.

A esse tempo, Domingos Afonso e sua mulher, que não esqueceram a promessa feite, davam andamento à construção do templo no lugar em que, havia dezesseis anos passados, Afonso caíra do animal. O levantamento das taipas foi contratado com seu primo Joaquim da Fonseca e o madeiramento e cobertura, com Antonio Lopes Seabra.

Desejando que seu filho desempenhasse as funções eclesiásticas na capela em construção, Domingos Afonso e sua mulher construíram uma casa nas proximidades do templo, onde passaram a residir.

A capela do Alambari só foi construída em 1842, e o branqueamento da parede externa iniciou-se a 07 de janeiro de 1843, pelo mestre Thomé Thadeu Aires, para esse fim contratado por João de Moura, primeira autoridade policial da já então povoação.

Enquanto era construída a capela de Alambari, o padre Afonso servia de coadjutor na paróquia de Itapetininga, da qual era vigário o padre Francisco de Paula Medeiros.

A capela do Senhor Bom Jesus do Alambari foi inaugurada em 09 de setembro de 1846.

Por uma fatalidade, o padre Afonso não chegou a residir em Alambari, pois, atacado de uma pertinaz moléstia, veio a falecer.

O primeiro vigário que aportou em Alambari foi o padre Isidoro de Campos, natural de Porto Feliz, que ali residiu pelo espaço de alguns anos.

Com o aumento rápido da população do referido povoado, devido à chegada de famílias vindas de JacareíSorocaba e outros pontos da Província de São Paulo, as pessoas influentes do lugar, trabalhando pela sua prosperidade, requereram e obtiveram da Assembléia Provincial que a povoação de Alambari fosse elevada à categoria de freguesia, pela Lei Provincial nº. 7, de 12 de abril de 1861, que a elevou também à categoria de paróquia.

O primeiro sacerdote que residiu em Alambari, depois de instalada a paróquia, foi o padre João Baptista Arroza, que ali prestou serviços de 1861 a 1862, seguindo-se-lhe o padre José Cantisari, de 1863 a 1878 e de 1879 a 1885, o Padre Antonio Roberto. O primeiro daqueles sacerdotes era brasileiro e os outros dois, italianos.

Alambari Industrial

O mato de Alambari, outrora existente nas proximidades da Vila, denominou-se durante muitos anos de Mato das Pederneiras, devido à grande quantidade de pedra de fogo que era retirada das rochas ali existentes, o que deu motivo a que as pessoas pobres para ali afluissem, entregando-se à sua extração. A indústria da pedra de fogo, foi por muito tempo lucrativo comércio, pois, as praças de ItapetiningaSorocabaSão Paulo e Santos, preferiam o produto de Alambari, devido à sua ótima qualidade.

Essa indústria, denominada "das pederneiras", existiu, ao que parece, por longo tempo. Auguste Saint Hilaire escreveu sobre essa assunto, quando de sua passagem por Itapetininga: "Na época de minha passagem, Itapetininga estava de posse de um pequeno comércio de pedras de fogo, que, com o decurso dos tempos, deve certamente ter decaído. Vendiam-se ali pederneiras aparadas na vizinhança, principalmente em sambas. Essas pedras - escrevia Frederico Varnhagem, em 1814 - são excelentes e de cor mais escura do que as que nos vêm da França e da Suíça. As pessoas pobres aparam-nas com auxílio de pequenos martelos de ferro chatos de seis polegadas de comprimento sobre uma de largura e de um quarto de polegada de espessura, seguros a um pequeno cabo de madeira. Um desses operários apara por dia até duzentas destas pedras e por um cento paga-se oito vinténs. Vende-se em grande quantidade as pedras de fogo de Itapetininga, sendo dali transportadas para os portos de mar, onde são mais estimadas do que as que vem de fora".

Em 1888, um milheiro dessas pedras custava 10$000. Essa indústria, outrora florescente, foi decaindo aos poucos devido ao aparecimento do fósforo.

Alambari também foi, por dezenas de anos, um dos mais importantes centros produtores do município de Itapetininga. A lavoura, propriamente dita, consistia na cultura, em grande escala, de algodãocafécana-de-açúcar, cereais, legumes, mandiocafumo, etc.

A lavoura mais importante foi a do algodão,cujas safras, em 1873 e 1874, produziram, cada uma, setenta mil arrobas.

Com a baixa deste produto, em 1875, os alambarienses voltaram sua atenção para cultura do café, cuja lavoura se tornou importantíssima, sendo plantados para mais de cento e cinquenta mil pés de café.

Uma plantação nova de cem mil pés de café produziu, em 1887, duas mil e trezentas arrobas.

Em 1890, existiam, na paróquia de Alambari, 400 prédios assim ocupados: 6 negócios de secos e molhados; 2 lojas de fazendas; 6 oficinas diversas; 1 agência do correio; 1 casa de detenção; 1 igreja; 1 capela; 1 olaria; 1 engenho de cilindro movido à água para o fabrico de açúcar e aguardente; 2 escolas, sendo uma do sexo masculino e outra do sexo feminino; e 378 prédios residenciais.

Com o desaparecimento da indústria da pedra de fogo e com a devastação de suas matas, Alambari foi decaindo, tornando-se num pequeno distrito de paz de Itapetininga.

Alambari Moderna

O antigo distrito de paz foi elevado a município com a denominação de Alambari, pela Lei Estadual n.º 7.644 de 30 de dezembro de 1991.

O aniversário do município é comemorado no dia 19 de maio. Alambari faz parte da Região Metropolitana de Sorocaba e fica situado no Sul do Estado, cerca de 156 quilômetros da Capital Paulista, sendo as principais vias de acesso a Rodovia Raposo Tavares – SP-270, Rodovia Humberto Pellegrini – SP-268 e Rodovia Antônio Romano Schincariol – SP-127. Sua população estimada é de 5.918 habitantes (2018[6]), sendo 66% residentes na área urbana e 34% na área rural. A área territorial pertencente à Alambari é de 159 km².

A cidade é composta por diversos bairros: Tatetú, Cercadinho, Ribeirãozinho, Cerrado, Perobal, Barra, Capoavinha, Aterradinho, Sapezal, Recanto dos Pássaros, Luar do Sertão, Vila Correa, Jardim Brasil. As principais atividades econômicas no município hoje, são a Agricultura e a Pecuária, sendo as principais culturas existentes: Hortifrutigranjeiros – Feijão, Milho, Mandioca, Laranja, e Eucaliptos e a pecuária de Corte, de Leite (especialmente de Leite de Búfalas) e também suinocultura.

O padroeiro do município é o Senhor Bom Jesus, cuja comemoração é realizada no dia 6 de agosto.

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